"A logística reversa é processo de planejamento, implementação e controle do fluxo dos resíduos de pós-consumo e pós-venda e seu fluxo de informação do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recuperar valor ou realizar um descarte adequado. Desta forma, contribuindo para a consolidação do conceito de sustentabilidade no ambiente empresarial, apoiada nos conceitos de desenvolvimento ambiental, social e econômico. " (Patricia Guarnieri)



Crédito da imagem: jscreationzs / FreeDigitalPhotos.net

terça-feira, 25 de maio de 2010

Cradle to grave (Do berço à cova) ou Cradle to cradle (Do berço ao berço)??


Qual é o modelo mais inteligente: cradle to cradle ou cradle to grave? Esta e outras questões provocadoras, com respostas ainda mais instigantes, são colocadas para as empresas pelos autores de Cradle to Cradle, William McDonough (arquiteto) e Michael Braungart (químico).
Cradle to Grave:
Tudo o que produzimos e consumimos é incinerado ou enterrado — a cova é o destino comum para todos os produtos e materiais. Mas, como na Terra “nada se cria tudo se transforma”, estes materiais tornam-se resíduos — alguns poluentes, tóxicos e até mesmo perigosos. Resíduos que destroem a capacidade de recuperação do meio ambiente e que impactam significativamente a saúde do ser humano.
Fica claro que o modelo do “berço para a cova” não é a solução mais inteligente, lucrativa e perene para as empresas. Desperdiçar matérias-primas, destruir recursos naturais, gastar na correção de impactos negativos e no alinhamento a legislações complexas, perder clientes e/ou viver sob o escrutínio da sociedade preocupada com o aquecimento global, o câncer e outros males que afetam a vida na Terra, são os impactos de um modelo de desenvolvimento que rapidamente está se tornando obsoleto.
Sabe-se que as empresas já avançaram muito na redução de impactos, através da ecoeficiencia e da busca pela sustentabilidade. Iniciativas necessárias, mas suficientes? Ser menos mal é realmente melhor do que criar algo genuinamente bom?
Cradle to Cradle:
O modelo do berço ao berço, proposto pelos autores, traz uma solução inovadora para o desafio do desenvolvimento sustentável. Eles propõem que o homem continue a consumir e a se desenvolver, porém, que ao invés de destruir o meio ambiente, deve “alimentar” o ciclo biológico da Terra (waste equals food) e o ciclo tecnológico das indústrias. O que não puder ser utilizado como “nutriente para o meio ambiente”, deverá ser quebrado em elementos que possam ser reabsorvidos pelas indústrias como matéria-prima de qualidade (os autores condenam o downcycling). Criam-se assim, novas formas de produção, construção e utilização de recursos naturais e matérias-primas mais eficaz, econômica e sustentável. Os autores também sugerem que o modelo de negócios futuro, será baseado principalmente no valor dos serviços e não propriamente nos produtos.
O livro traz vários casos de empresas que adotam o modelo cradle to cradle nas mais diversas escalas. A Ford, por exemplo, renovou inteiramente sua planta industrial em River Rouge (Michigan, EUA), tornando-se um dos melhores exemplos dos impactos positivos de um site de produção sustentável. Além disso, a Ford vê a planta de River Rouge, como um laboratório para a criação de produtos inovadores, e ainda economizou US$35 milhões. Outras empresas como Nike, SC Johnson, Dow Chemical, Du Pont, e Herman Miler também estão aplicando o cradle to cradle.

Por: Sueli Chiozzotto, sócia da prática de Sustentabilidade da MGM Partners
Disponível em: http://www.sustentabilidaderesultados.com.br/do-berco-ao-berco-ou-do-berco-a-cova/

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