"A logística reversa é processo de planejamento, implementação e controle do fluxo dos resíduos de pós-consumo e pós-venda e seu fluxo de informação do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recuperar valor ou realizar um descarte adequado. Desta forma, contribuindo para a consolidação do conceito de sustentabilidade no ambiente empresarial, apoiada nos conceitos de desenvolvimento ambiental, social e econômico. " (Patricia Guarnieri)



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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Encontro na UnB discute inclusão social de catadores de materiais recicláveis - 20 a 22/08/2014

Unir o conhecimento acadêmico com as experiências de catadores de materiais recicláveis, visando a inclusão social, o combate à pobreza e o tratamento correto de resíduos urbanos é o objetivo de encontro iniciado nesta quarta-feira (20) com exposição de 150 trabalhos sobre a inclusão socioeconômica dos catadores. Os debates e apresentações começaram desde cedo, na Universidade de Brasília (UnB), mas a abertura oficial ocorreu só no fim da tarde, no Palácio do Planalto.


O maior ganho do evento, segundo a organização do encontro, é a participação dos próprios catadores na discussão com estudiosos e pesquisadores da área. “O que a gente vê na prática é que as experiências que unem esses saberes são muito mais efetivas. O conhecimento gerado na universidade é muito valioso, mas tem que ser articulado com a prática dos catadores, porque são eles que entendem da vida”, avalia Daniela Metello, coordenadora do Comitê Interministerial de Inclusão de Catadores.


Cerca de 300 pessoas, sendo 70 catadores, participam do encontro, segundo Daniela. A coordenadora, que faz parte da Secretaria-Geral da Presidência da República, diz que durante o evento serão compartilhadas experiências de encerramento de lixão, que envolvem o uso de tecnologias sociais como o processamento de vidros e de garrafas PET. “A gente quer lidar com essa questão de maneira ampla, não só com a gestão de resíduos, mas com a inclusão também dessas pessoas”, avaliou.


“O problema maior é o da inserção no mundo do trabalho, como inserir bem as pessoas de forma que não tenham, por exemplo, periculosidade no trabalho”, acredita Hérton Araújo, diretor de Estudos de Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que também coordena o evento. Segundo uma pesquisa do Ipea de 2013, o Brasil tem 400 mil catadores de materiais recicláveis que, somados às suas famílias, correspondem a 1,4 milhão de brasileiros que sobrevivem do lixo.

Citando a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que previa prazo para o fim dos lixões, Hérton destacou a necessidade de uma política de inclusão social para o setor. “Tem que acabar com os lixões, e vai ter que ter uma mudança estrutural nesse segmento, que pode gerar algum desemprego, e a gente tem que ficar de olho nisso e ver como esses catadores podem, utilizando as tecnologias sociais mais modernas, se inserir melhor na sociedade”, avaliou.

O Encontro Nacional Conhecimento e Tecnologia: Inclusão Socioeconômica de Catadores de Materiais Recicláveis ocorre até a próxima sexta-feira (22), no Campus Universitário Darcy Ribeiro, da UnB. Durante as sessões temáticas, serão apresentados artigos acadêmicos, relatos de experiências e equipamentos relacionados ao reaproveitamento de material reciclado, terminando com uma sistematização dos debates.

Autor: Paulo Victor Chagas - Agência Brasil
Editor Stênio Ribeiro
Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0

Fonte: EBC

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